sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Dindin adoça a vida e garante o sustento da família de seu Badida

Há 27 anos Badida trabalha vendendo dindin e há 25 tem ponto fixo próximo ao colégio Farias Brito (Foto: Renatta Pimentel/Tribuna do Ceará)

Considerado o melhor dindin de Fortaleza, há 27 anos seu Badida vende do doce gelado e com ele deu formação aos seis filhos de um casamento de quase 40 anos

“É o melhor dindin da cidade”. “O meu preferido é o de brigadeiro”. Frases como essas são ditas repetidamente pelos clientes do seu Badida, que há 25 anos vende o doce gelado próximo a um colégio no Centro de Fortaleza. O ponto estratégico rende boas vendas – cerca de 150 dindins são vendidos por dia somente no local a R$ 1,50 – e garantiu o sustento da família de Tarcísio Barreto, o Badida ao longo dos anos.

Casado há quase 40 anos e pai de seis filhos, ele conta como teve a ideia de começar o próprio negócio. “Eu trabalhava como motorista particular e a empregada dessa família fazia sorvetes com leite condensado, creme de leite e leite em pó, era uma delícia. A minha esposa fazia garrafinha congeladas com suco para vender e eu pensei que podia começar a ter meu negócio e parar de trabalhar para os outros fazendo dindin. Foi assim que comecei”, relembra.

Na época, sem saber como fazer os produtos, Badida se arriscou e descobriu que tinha o dom de fazer verdadeiras delícias cremosas e que dão o que falar na cidade – os alunos da escola e os carros fazem fila para comprar o “Dindin do Badida”. Além do amor e dedicação ao que faz, ele acredita que o sucesso do dindin se deve a mais dois detalhes: “O diferencial do meu dindin é o leite em pó e o leite condensado”, aponta.

Apelido de sucesso

Desde criança Tarcísio foi rebatizado por uma vizinha com o apelido de Badida. O “novo” nome que durante a infância foi causa de muitas brigas, hoje traz sucesso e reconhecimento. “Eu tenho esse apelido desde criança e infelizmente pegou. Não sei nem o que significa, mas eu tinha muita raiva desse apelido e briguei muito por causa disso. Cansei de sair no tapa com os meninos que me chamavam assim quando jogava bola”, diverte-se.

Hoje com 59 anos, Badida não liga mais para o apelido e criou vários dos sabores de dindin. “Eu que inventei a maioria dos sabores, como chocolate branco e nata. O mais vendidos são os de chocolate batom e flocos, mas o meu preferido é o de sapoti, é da fruta mesmo”, revela.

Dificuldades

Durante um tempo, Badida contou com a ajuda dos filhos. Depois de crescidos, eles não continuaram ajudando nas vendas e caminham com suas próprias pernas. Em uma volta no tempo, ele  recorda um momento de dificuldade. “Durante o período que eu passei desempregado, eu me envolve muito com o álcool. Isso aconteceu por oito meses, estava ocioso, triste e os amigos me chamavam para beber. A minha força para sair dessa veio da minha esposa, ela é muito religiosa e fez de tudo por mim”.

Com sorriso no rosto e simpatia, Badida conta também que há quatro anos sofreu um infarto. “Fiz duas pontes de safena e uma mamária. Eu não sentia nada, fiz exame de rotina, cateterismo e logo fiquei internado. Mais uma vez, a minha esposa que me deu forças pra viver. Ela é maravilhosa e eu sou muito agradecido a Deus por isso.”, declara. Tem muito mais história nessa matéria confira neste link.

http://tribunadoceara.uol.com.br/diversao/check-in/dindin-adoca-a-vida-e-garante-o-sustento-da-familia-de-seu-badida/

3 comentários:

  1. Vocês são demais uma união muito bonita e a união e o amor faz a força 👏👏👏👏👏

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  2. Ainda vende no farias Brito ?

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  3. Queria saber onde ele vende ainda, no meu tempo de escola era em frente ao farias brito

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